Vergonha sul-matogrossense! O Taquari, com certeza é o símbolo do desleixo do estado quanto as questões ambientais. A criação de pastagens no BAT, aumento de 39% de 1977 a 1991 na criação de pastagens e gado, crescimento desordenado da agropecuária, utilização de pesticidas nocivos ao solo e a planice do pantanal são amostras do que ocorreu e ocorre na região. Taquari esta falecendo como um mendigo na porta da assembléia legislativa..
Pior é pensar na cabeça destes fazendeiros e agricultores que procuram terras tão frágeis para expandir seus negócios mesquinhos. Por isso quero me tornar vegetariano! Para não incentivar este comércio barato e irresponsável que é a pecuária! A parte triste para meu estado, e claro eu, é ver as conseqüências deste show de irresponsabilidade.
Já se vê redução na própria criação de gado, que com o assoreamento do rio foi limitada pelo surgimento de novas áreas alagadas, pela redução dos estoques de peixe, uma vez que o aumento de sedimentos no rio aumentam diminuindo a diversidade e quantidade de peixes, além da alteração na biodiversidade local.
Pra você, colega blogueiro ter idéia, o aporte de sedimento para o Pantanal, em 1997, foi estimado em 36 mil ton./dia, o equivalente a 1.000 carretas por dia! Hoje nos vemos o rio raso.. Seco.. É triste..
Mas pelo menos é bom saber que, mesmo tarde, existem organizações e órgãos preocupados em recuperar ou no mínimo reduzir os estragos na região, tanto planalto como planice. Cito como exemplo a Embrapa Pantanal e o Plano de Conservação da Bacia do Alto Paraguai. Segue abaixo a ultima noticia sobre o rio. Se existe vida inteligente em meu estado, por favor, se revolte comigo.
Dados retirados de um artigo com base nesta Bibliografia:
Marques, D.; Cybis, L. F. Qualidade das águas e dos sedimentos. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Plano de Conservação da Bacia do Alto Paraguai (Pantanal) – PCBAP: DIAGNÓSTICO DOS MEIOS FÍSICOS E BIÓTICOS. HIDROSSEDIMNTOLOGIA DO ALTO PARAGUAI. Brasília, v. 2, t. 2-b, p. 387-462 il. 1997.
MATO GROSSO DO SUL. Macrozoneamento de Mato Grosso do Sul quanto ao uso de agrotóxicos. Mato Grosso do Sul-SEMA/MINTER. Campo Grande. 1989.
Oliveira, M. A. G.; Dores, E. F. G. de C. Níveis de praguicidas organoclorados no leite materno de uma população de Cuiabá, Mato-Grosso. Pesticidas. Revista de Ecotoxicologia e Meio Ambiente. Curitiba. V. 8, p. 77-90. Jan/dez. 1998.
Vieira, L. M.; Galdino, S.; Padovani, C. R. Utilização de pesticidas na agropecuária dos municípios da Bacia do Alto Taquari de 1988 a 1996 e risco de contaminação do Pantanal, MS, Brasil. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2001. 53p. (Embrapa Pantanal. Circular Técnica, 27).
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